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Em razão do feriado nacional da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, celebrado em 12 de outubro, a Prefeitura de Camaçari torna ponto facultativo para o funcionalismo, no âmbito da administração pública direta e indireta, a segunda-feira (11/10). A medida está assegurada pelo Decreto número 7630/2021, publicado na edição número 1.764 do Diário Oficial do Município (DOM) de 6 de outubro de 2021. As atividades retornam na quarta-feira (13/10).

De acordo com o documento, o ponto facultativo se faz necessário, pois enseja a conveniência de conter despesas com bens e serviços, representando uma economia significativa para os cofres públicos municipais. Tendo em vista que o dia do presente decreto será compensado de acordo com a necessidade de cada setor, a medida não trará nenhum prejuízo à administração pública municipal.

Ficam excluídos do ponto facultativo, os setores cuja paralisação seja inadmissível por exercerem atividades essenciais, como: atendimentos de saúde, fiscalização e ordenamento do trânsito, defesa civil, especialmente aqueles que integram as ações e serviços voltados ao combate à disseminação da Covid-19, entre outros. Desta forma, as unidades responsáveis por esses atendimentos aos cidadãos deverão manter escalas de modo a garantir a prestação ininterrupta dos serviços.

Os secretários municipais, diretores e superintendentes das autarquias, bem como, diretor-presidente de empresa pública ficam autorizados a estabelecerem a forma de compensação pelo dia objeto do ponto facultativo previsto no decreto.

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A costa de Camaçari irá ganhar o seu primeiro cineteatro. Nesta quarta-feira (6/10), a secretária da Cultura, Márcia Tude, realizou visita técnica ao terreno público onde será construído o equipamento, em Vila de Abrantes. A iniciativa atende ao princípio da pasta municipal de descentralizar e democratizar o acesso à cultura.

O cineteatro ficará localizado na rua João Araújo e contará com ampla infraestrutura. “Serão dois pavimentos, que incluirá foyer, camarins, espaço climatizado com poltronas e palco, copa, banheiros, almoxarifado, administração, além de salas para ensaios de música, teatro e dança, totalmente equipadas com piso apropriado, espelhos e barras”, destacou a titular da Secretaria da Cultura (Secult).

Na oportunidade, Márcia Tude aproveitou para também vistoriar a obra de requalificação que está sendo realizada na Biblioteca Comunitária Ler é Preciso. Também participou das visitas a equipe técnica da pasta, incluindo arquiteta e brigadista.

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A Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), realiza nos dias 6, 7 e 8 de outubro, mais duas edições simultâneas do projeto Bolsa Família Itinerante. Os bairros contemplados com a iniciativa são: Gleba C, que atenderá na sede da União das Organizações Sociais e Culturais de Camaçari (Uosc), situada na Rua da Glória; e o Phoc I, que acolherá o público na Associação de Moradores. Em ambos, o funcionamento será das 9h às 15h.

A iniciativa visa atender as localidades mais distantes dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), além de aproximar a gestão da comunidade. Na ocasião, serão disponibilizados serviços do Cadastro Único, recadastramento e atualização cadastral do Bolsa Família, além de consulta ao Número de Identificação Social (NIS), facilitando o monitoramento das famílias.

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A vacinação contra a Covid-19 continua em Camaçari nesta terça-feira (5/10) para as três doses. Para receberem a primeira imunização, os adolescentes de 12 anos acima precisam estar acompanhados de um responsável maior de 18 anos e apresentarem identificação com foto, Cartão SUS municipal ou comprovante de residência. Àqueles com 18 anos acima bastam comparecer munidos dos mesmos documentos. A imunização para segunda dose segue apenas para as vacinas CoronaVac e Pfizer.

A dose de reforço se mantém para pessoas de 70 anos acima que tomaram a segunda dose ou dose única há 6 meses; imunossuprimidos a partir de 18 anos, que tomaram a segunda dose ou dose única há 28 dias; e trabalhadores da saúde com 60 anos ou mais, atuando no município na linha de frente e que tenham tomado a segunda dose ou dose única há 6 meses.


Confira os locais de vacinação:

Sede – 1ª dose | 9h às 16h
Centro de Vacinação Contra a Covid (atrás do antigo Bompreço)
Boulevard Shopping Camaçari

Costa – 1ª dose | 9h às 16h
Unidade Básica de Saúde (UBS) de Vila de Abrantes
Unidade de Saúde da Família (USF) de Barra do Jacuípe
UBS Monte Gordo

Sede – 2ª dose | 9h às 16h
Centro de Vacinação Contra a Covid (atrás do antigo Bompreço)
UBS Gleba B
USF Novo Horizonte
USF Verdes Horizontes 2

Costa – 2ª dose | 9h às 16h
UBS Vila de Abrantes
USF Barra do Jacuípe
UBS Monte Gordo

Sede – 3ª dose | 9h às 16h
Centro de Vacinação Contra a Covid (atrás do antigo Bompreço)
UBS Gleba B
USF Novo Horizonte
USF Verdes Horizontes 2

Costa – 3ª dose | 9h às 16h
UBS Vila de Abrantes
USF Barra do Jacuípe
UBS Monte Gordo

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A 9ª Conferência Municipal de Saúde, realizada pela Secretaria de Saúde juntamente com o Conselho Municipal de Saúde, com o tema "A defesa do Sistema Único de Saúde para além da pandemia – SUS para todos”, acontecerá nos próximos dias 06 e 07 de outubro no Horto Florestal.

Durante a conferência serão aprovada as propostas elaboradas nas pré-conferências da Sede e Costa de Camaçari que aconteceram em setembro. Essas propostas balizarão o planejamento da Sesau para os próximos anos.

Secretário de Saúde, Elias Natan afirma que, “a Conferência Municipal de Saúde é um marco na gestão SUS. Através das conferências a população tem participação direta, através dos delegados, na construção de políticas públicas para promoção de serviços de saúde que atendam às necessidades da população. Tenho certeza que esta nona conferência municipal terá uma grande participação popular através das propostas e delegados”.

Confira a programação:

06 de outubro

13h – Acolhimento dos participantes
14h – Abertura da Conferência
14h30 – Conferência Magna
15h10 – Apresentação do sistema de saúde que queremos
15h40 – Apresentação da ação Fila Zero
16h – Leitura do Regimento e Apresentação das Metodologias da Construção do Caderno de Propostas

07 de outubro

08h – Acolhimento dos participantes
09h - Plenária das propostas da Linha de Ação 01
10h - Plenária das propostas da Linha de Ação 02
11h - Plenária das propostas da Linha de Ação 03 - Leitura e votação das Moções
12h - Homenagem aos premiados da Mostra de Boas Práticas em Saúde
12h10 - Encerramento da Conferência

 

Fonte: Ascom/PMC

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A Escola Municipal do Gravatá de Camaçari está entre as cinco a representar o Brasil e a Bahia na Semana Mundial da Educação 2021, que tem o tema Comemoração Escolar. Essa é a primeira vez que escolas públicas participam da iniciativa e o projeto selecionado foi Meu Mundo Brincante em Casa, com apresentação na próxima terça-feira (5/10).

Com a pandemia, a unidade escolar passou a utilizar o recurso do brincar para garantir a aprendizagem dos alunos. A iniciativa Meu Mundo Brincante em Casa busca promover interações e brincadeiras no ambiente familiar condizentes com o desenvolvimento das crianças, além de propiciar momentos de diálogo com escuta sensível para fortalecer os vínculos afetivos e incentivar a participação das famílias no processo de ensino e aprendizagem.

O projeto foi inscrito no subtema Parceria e Colaboração com a comunidade – incluindo envolvimento dos pais e trabalho com empregadores. O formato da apresentação será painel de discussão com o tema ‘O Brincar e o Celebrar das Aprendizagens na Infância’ e contará com a mediação da coordenadora pedagógica da unidade escolar, Carla Emília Fiais Cordeiro, e mais duas palestrantes, Girlene dos Santos Crelick e Hosana Gonçalves. Para assistir ao painel é necessário fazer uma inscrição prévia, no mesmo link de exibição, até o dia do evento.

A Semana Mundial da Educação é um festival virtual, que ocorre entre os dias 3 e 8 de outubro, e é uma iniciativa da organização global T4 Education, com apoio da Fundação Lemann, The LEGO Foundation e Templeton World Charity Foundation.

O tema deste ano será Celebração Escolar – Um esforço mundial para reconhecer os avanços positivos que as escolas e os sistemas de educação tem feito enquanto experimentam desafios ao longo da pandemia. O objetivo é celebrar escolas ao redor do mundo que desenvolveram grande expertise que outros professores e escolas podem emular.

A Semana Mundial da Educação é uma oportunidade para trocar experiências bem-sucedidas na educação, entre escolas e organizações que estão inovando e criando impacto no mundo. Os projetos e resultados serão apresentados por 100 escolas e 20 organizações de educação, as cidades que também tiveram projetos escolhidos no Brasil foram Curitiba (PR), Paulista (PE), Piacatuba (MG) e Novo Hamburgo (RS), e fazem parte da Conectando Saberes, rede nacional de professoras e professores.

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Finalmente a pessoa cumpre sua missão aqui na Terra. Chegou a hora do descanso eterno e a tão sonhada paz celestial. Ao chegar nos portões do céu, porém, descobre uma pendência terrena. Precisa pagar uma dívida de mais de R$ 17 mil em taxas condominiais, mais precisamente em Barra de Jacuípe, no Litoral Norte. Parece mentira, mas essa história tem seu fundo de verdade. Estamos falando do senhor Fernando Arcela Dantas. Mesmo falecido em 2013, ele foi acionado na Justiça em 2019 pela Associação de Moradores do Loteamento Vale da Landirana, em Camaçari.

Mesmo após seis anos de sua morte, pasmem, Arcela foi citado, fez acordo extrajudicial e sofreu penhora de valores de uma conta que nem a família sabia da existência. O curioso é que o processo, que ainda não está concluso, não teve nenhuma manifestação do réu, tampouco menção de que ele não estava mais vivo. Por motivos óbvios, né? Essa é mais uma história cotidiana baiana que se enquadra na famosa frase de Octávio Mangabeira. “Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”.

“Esta semana fiquei sabendo que meu pai foi processado, mesmo depois de morto. Fui pego de surpresa. Não sei nem o que dizer neste momento, pois estou ainda tomando conhecimento do caso, que soube por acaso através de um conhecido. Inclusive meu nome está no processo, estou vendo isso. É algo bem estranho, pois soube que a intimação deste processo foi entregue, só não sei para quem, né?”, disse, surpreso, o filho de Arcela, Luiz Fernando. Ele alegou que vai consultar advogados para se inteirar mais do ocorrido e tomar providências.

“Soube que eles conseguiram uma autorização de Guia de Retirada e encontraram algum valor em dinheiro, não sei a quantia exata, de uma conta de meu pai que nem eu mesmo sabia que existia. Olhe, está muito estranho. Preciso me aprofundar mais no assunto para dar mais detalhes”, completa Luiz, ainda sem entender como seu pai foi parar na Justiça, mesmo após seis anos de sua morte.

Para entender o problema, primeiro é preciso retornar à década de 80. Fernando Arcela Dantas tinha uma fazenda em Barra de Jacuípe, que posteriormente virou loteamento. Os lotes foram vendidos, mas alguns inquilinos acabaram não passando as terras para seus respectivos nomes, apesar de comprovantes de compra e venda do local. O tempo passou, e Arcela acabou falecendo, em 2013.

O loteamento sofreu mudanças, passou a cobrar taxas de condomínio sob alegação de melhorias no local. Em 2019, a associação, fundada em 2016 (ou seja, após a morte de Dantas), resolveu quebrar o descanso eterno de Arcela com um processo, alegando que ele “não vem cumprindo com suas obrigações, de pagar as taxas, sempre demonstrando falta de interesse com as suas obrigações”, relatou nos autos, em petição inicial. O valor do débito era de R$ 17.116,03, segundo a associação, pelo Lote 19, Qd B, que seria de propriedade do falecido.

É aí que começa todo o imbróglio. “Estou surpreso com esse processo, que em nenhum momento cita que o réu já teria morrido. Causa estranheza também que um alvará judicial para levantamento dos valores penhorados seja emitido tão rápido e sem nenhuma defesa da parte ré ou de seus familiares. Primeiro o terreno é dele, depois não é mais, está confuso. Vi aqui que o processo ainda não foi homologado, ou seja, ainda não tem caráter conclusivo. É preciso investigar”, disse um advogado, que pediu anonimato.

O processo
O processo foi iniciado em abril de 2019, com um documento de 90 páginas contra Arcela, mas em nenhum momento citando que o réu já havia morrido. Houve o despacho e carta de intimação, que não foi entregue, claro. Como não é possível psicografar citação celestial para uma pessoa morta, o reclamante anexou nos autos um comprovante de rastreamento de objetos dos Correios para acusar recebimento de Arcela perante a Justiça. Foi feito um rastreio de bens e emitida uma guia de retirada, onde a associação conseguiu receber a quantia de R$ 4.378,80. Só então o reclamante solicitou a extinção do processo, mas curiosamente com uma confissão de dívida em nome de outra pessoa. Desta vez, o Lote 19, Qd B, antes pertencente a Fernando Arcela Dantas, estava agora no nome de Hamilton dos Santos Abreu, que não foi localizado pelo CORREIO. É como se o documento do processo iniciasse dizendo que o lote era de Arcela, mas no final pertencia a outra pessoa. Mesmo assim, o valor do morto foi penhorado e a associação recebeu a quantia.

Aos 45 do segundo tempo, quando a associação requereu o arquivamento do processo, a juíza solicitou a “minuta assinada pelas partes deste processo, bem como juntada aos autos de documento de identificação pessoal da parte acionada (no caso, o morto), sob pena de não homologação do acordo”, disse o documento, que alegou a falta de documentos necessários pela parte ré. Mesmo com a intimação da juíza, o autor “da obra” pediu a extinção do feito, alegando que desiste da causa e ainda sugerindo que Fernando Arcela não precisaria mais ser procurado pela Justiça, confessando, desta vez, que em nenhuma hora o falecido teria sido citado. “o Réu não necessita ser intimado para concordância da desistência, (tendo em vista que ainda não foi citado)”, alegou. O TJ-BA pediu a suspensão do processo, que está sob investigação.

O Tribunal de Justiça do estado foi procurado para comentar o caso, mas não enviou resposta até o fechamento desta edição. Por mensagem de texto, o advogado da Associação de Moradores, Dr. Antônio Carlos de Queiroz, defendeu seu cliente. “Quando este processo foi iniciado, buscamos o responsável pelo imóvel no cartório e na certidão saiu o nome desta pessoa (Arcela). Entramos com a ação e, posteriormente, foi transferida ao espólio do falacioso, o que é normal. Na verdade, o espólio do falecido vendeu este imóvel a outra pessoa que quitou a dívida e, por esta razão, pedimos a homologação do acordo e depois o arquivamento”, alegou. Como o processo é investigado, Fernando Arcela ainda não teve o descanso merecido.

Década de 80
O senhor Fernando Arcela Dantas loteou sua fazenda, em Barra de Jacuípe, Camaçari.

2012
A esposa dele faleceu. No ano seguinte, o próprio Fernando também veio a óbito.

2019
Alegando que Fernando Arcela Dantas é dono do Lote 19, Qd B, a associação entra na justiça alegando que o morto se recusa a pagar condomínio, que foram infrutíferos os pedidos de acordo (com um morto) e a dívida ultrapassa os R$ 17 mil. O processo não cita hora nenhuma que Arcela veio a óbito há seis anos.

Foi expedida uma intimação. O processo prosseguiu baseado num rastreamento de carta, por meio dos Correios, que teria sido enviada ao morto.

Foi executada uma penhora nos bens do morto e foram localizados pouco mais de R$ 4 mil numa conta inativa. Com a Guia de Retirada, a associação de moradores conseguiu retirar a quantia.

Após retirada da quantia, a associação dos moradores anexou nos autos uma confissão de dívida, no mínimo curiosa. Neste documento já não constava mais Arcela como dono do Lote 19, Qd B, mas outra pessoa: Hamilton dos Santos Abreu.

Uma juíza do Tribunal de Justiça, ao verificar a incoerência no processo observando a ausência de documentos do réu (Arcela), não homologou o acordo e intimou as partes para comparecimento.

Curiosamente, a associação pediu a extinção do processo após pedido da juíza. Vale lembrar que o valor já havia sido retirado. No pedido de extinção do processo, a associação enfatizou que o réu não necessita ser intimado para concordância da desistência (tendo em vista que ainda não foi citado)

O processo está parado, sob investigação do TJ-BA. Apenas as partes, neste caso a associação ou o falecido, podem ter acesso aos autos. O TJ ainda não se pronunciou sobre o caso.

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Faz parte da rotina de Dona Maria Cândida de Jesus, mais conhecida como Mãe Marieta, comer sarapatel, feijoada com toucinho, chupar osso e beber cachaça. Até aí nada fora do comum, certo? O detalhe é que Mãe Marieta tem 110 anos. Não tem nenhuma doença, anda, conversa, faz as coisas sozinha e a memória é de dar inveja em muito novinho por aí. O apelido não é à toa. Ela, que esbanja vitalidade, ajudou a dar vida a muitas crianças como parteira. Seu último parto foi aos 102 anos. Mas Mãe Marieta não é um caso isolado. Na Bahia existem mais de 8 mil centenários espalhados por aí.

O último censo feito pelo IBGE, realizado em 2010, indicava que havia 3.578 idosos com cem anos ou mais na Bahia. Desses, 1.136 eram homens e 2.442 eram mulheres. Essa marca colocava o estado com o maior número absoluto do país e o fazia dividir o primeiro lugar do ranking de maior número proporcional de acordo com a população total com o estado do Amapá. Já em 2021, somente de cadastrados no INSS, a Bahia tem 8.436 centenários.

Mãe Marieta mora em Iraquara, na Chapada Diamantina, e não tem um morador de lá que não conheça essa figura. Tendo ajudado a colocar no mundo quase todos os moradores da região, é muito querida e respeitada por todos. No seu aniversário de 110 anos, ganhou como homenagem uma pintura no muro do espaço cultural da cidade. E ela desafia mesmo a medicina.

Final de semana sendo tempo de diversão para Mãe Marieta; mas não vá pensando que ela curte uma cervejinha, o negócio dela é pinga mesmo! “Ela pede e a gente dá, né? Deixa ela aproveitar a vida”, diz a neta, Luísa, de 43 anos. E também não tem regra para comida. Come de tudo! Quando cozinhava, o carro-chefe era sarapatel de porco e o que mais gosta de comer até hoje é um feijão bem caprichado. “Ela adora feijão com farinha, com toucinho, com osso. E é tudo de mão, viu? Porque esse pessoal mais antigo tem o costume de fazer o bolinho com a mão e comer”, acrescenta.

Marieta sempre foi agitada, sempre gostou de farra e casa cheia. O mesmo espaço que abria na casa, abria também no coração. “É uma mulher guerreira, que criou os irmãos, os filhos, os sobrinhos, os netos e os tataranetos. Sempre ajudou as outras pessoas, nunca deixou ninguém passar necessidade. Ela sempre viveu para os outros. Nem sempre ela tinha tudo, mas sempre fazia questão de dividir. Até hoje é assim”, conta Luísa.

Seu Elmano Rocha já é mais quieto que Marieta. Ele gosta de rotina, das coisas do jeito dele, tem horário para tudo. Nem na comida ele varia muito. O cardápio limitado não é por indicação médica, mas por gosto mesmo. “Ele come feijão, arroz, salada e bife quase todo dia, bem metódico”, conta o neto João Paulo, de 40 anos.

Aos 101 anos, ele é o mais novo da reportagem e também o mais moderno. Seu passatempo preferido é assistir vídeos no YouTube pelo tablet, como apresentações do Circo de Soleil, de ginástica olímpica e patinação. “Ele deve ser o maior fã no Brasil do Circo de Soleil, já assistiu a todas as apresentações. A gente que coloca para ele assistir, mas ele fica mexendo, às vezes quando a gente vê a Siri está falando com ele, é até engraçado”, diz João Paulo.

Seu Elmano nasceu em São Sebastião do Passé e veio para Salvador na década de 1950 para trabalhar. Começou como funcionário de uma gráfica, conseguiu comprar um terreno e construiu ele mesmo um prédio de cinco andares. Nos dois primeiros, ficava a gráfica. Nos outros três, a moradia da família.

“Ele mesmo construiu do zero a empresa dele, que também era a casa dele, andar por andar, aos pouquinhos. Ele veio sem nada de São Sebastião do Passé e foi batalhando, com determinação, e construiu a vida. Ele sempre foi muito ativo, muito trabalhador. Ele andava muito. Ia até as casas dos clientes andando, trajetos que ele podia fazer de ônibus ele preferia ir andando. Era coisa de quilômetros todos os dias. Deu duro até os 80 anos e só parou quando sofreu uma queda por conta da labirintite e ficou com dificuldade de locomoção. Talvez seja disso que ela sinta mais falta hoje, de ter essa independência, essa atividade”, diz o neto.

No aniversário de 100 anos, que aconteceu durante a pandemia, uma comemoração mais discreta. Só as pessoas mais próximas participaram da festinha, algumas foram até a porta da casa dar os parabéns e outras mandaram vídeos com mensagens. “Ele assistiu, animado, mandou recado de volta e se disse ‘muito satisfeito’. Ele sempre usa essa palavra”, conta João Paulo, rindo. Quando questionado sobre a chave para a longevidade, Elmano diz: “O segredo da vida longa é a própria vida”. E ainda deixa uma mensagem para os jovens: “Não desistam, sigam em frente”.

Quando o assunto é a idade, Seu Elmano prontamente se espanta com um número tão alto: “Mas será possível? Tudo isso?”. Logo em seguida, não dá muita bola, como quem diz que números não merecem tanta importância. Mas seu caso ajuda os curiosos que buscam o caminho da longevidade indicando que, para a decepção de muitos, o segredo pode estar mesmo na genética. Ele tem 101 anos e uma irmã de 103. A mãe deles faleceu aos 104 anos. Será coincidência?

Dona Maria das Dores, de 106 anos, assim como Mãe Marieta, está no quadro daqueles casos de fazer cair o queixo. Trabalhava na roça no interior de Pernambuco desde muito nova plantando milho e mandioca e criando animais. Só parou com 90 anos. Nunca frequentou a escola e não sabe ler nem escrever. Não tem diabetes, nem hipertensão, nada. “Nem de dor de cabeça ela reclama!”, diz a bisneta Victória, de 20 anos.

Em 2019, ela sofreu uma queda e fraturou o fêmur. Foi aí que acabou se mudando para Salvador para morar com a filha. Por conta da idade, o médico disse que Dona Maria nunca mais voltaria a andar. Mas não é que ela colocou ele no chinelo? Hoje já voltou a andar e ainda por cima sozinha, sem ajuda nem de muleta. Também come e toma banho sozinha, somente com supervisão.

Ah, e é vaidosa! Victória conta que ela gosta de pintar as unhas de vermelho, de usar batom e de fazer escova no cabelo. Dona Maria também não tem restrição alimentar. “Ela adora feijoada e cozido. E gosta de beber refrigerante também. Eu reclamo, mas ela insiste e eu deixo”, conta a bisneta.

Os dados apontam cerca de 8 mil idosos centenários, mas esse número pode ser ainda maior. É que antigamente, principalmente no interior do estado, o acesso a um cartório não era tão fácil e muitos acabaram sendo registrados bem depois do nascimento. A família de Seu José Bonifácio, por exemplo, jura que ele tem 102 anos, mas a certidão indica 99.

Ele nasceu em Esplanada, trabalhou na roça da família a partir dos 9 anos e veio para Salvador buscando melhores condições de vida. Aqui teve nove filhos, incluindo Solange, de 52 anos. Ela diz que Seu Bonifácio foi pai e mãe para ela e os irmãos. “Ele é um pai maravilhoso. Sempre foi pai e mãe para a gente, criando os filhos sozinho. Ele se virava para cuidar e trabalhar para botar comida na mesa, sempre trabalhou muito”, explica.

Talvez o segredo de Seu Bonifácio seja a serenidade. Nunca foi de se estressar, nunca gostou de muita gente reunida nem muito barulho. Mas uma grande companheira de vida, até os 60 anos, foi a cerveja. “Ele sempre ia para um barzinho para tomar uma, mas com uma ou outra pessoa, nada de agonia”, conta Solange.

Hoje ele não frequenta mais os bares, não toma mais a sua cerveja. O que ele gosta mesmo é de ouvir as notícias no rádio e contar as histórias do passado, relembrando sua trajetória até os 102. “É muita idade, viu? Não sei se eu mesma gostaria de chegar a isso tudo. Mas pelas coisas que estão acontecendo, tanto estresse que estamos passando, acho que vai ser difícil mesmo”, pontua a filha.

 

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Nesta quinta-feira (30/9) os moradores do Conjunto Habitacional Parque Boa Esperança, localizado no bairro da Nova Vitória celebram mais uma importante conquista. É que a Secretaria da Habitação de Camaçari (Sehab) realizou a entrega de mais 30 títulos de legitimação fundiária e da certidão de registro do imóvel. A cerimônia simbólica ocorreu no auditório da Secretaria de Governo (Segov).

A iniciativa faz parte do programa de Regularização Fundiária do município, que tem como objetivo assegurar o morador como legítimo dono, sem falar na valorização do imóvel. “O recebimento do título possibilitará a realização de um sonho das famílias, além do acesso às políticas públicas e institucionais. A regularização é um compromisso dessa gestão”, disse a secretária da Habitação, Vivian Angelim.

Agora, esses moradores passaram a ter suas propriedades oficialmente reconhecidas. O pedreiro, José Pinheiro, um dos contemplados, falou da importância da entrega dos documentos. “Eu tô contente demais, assim como todos os outros. Agora eu posso dizer que a casa é realmente minha. Antes eu tinha apenas o compras e vendas e hoje tudo mudou, sou proprietário da casa”, comemorou.

Dona Regina dos Reis, outra beneficiária, agradeceu à prefeitura pelo empenho em tornar possível o sonho da casa própria devidamente legalizada. “Eu estou muito feliz em estar aqui hoje. Eu agradeço muito a gestão e à equipe da Sehab, em especial ao senhor Carlos. Sem vocês, nada disso seria possível. Tô muito feliz mesmo”, falou emocionada.

A Coordenadora da Regularização Fundiária, Viviane Santos, reforça a importância desse momento. “As entregas são resultado de um trabalho que teve início no começo do ano e estamos concluindo por etapas. Esses moradores sonharam muitos anos com isso e estavam na expectativa desse dia chegar. É como se recebessem a escritura final do imóvel deles. Hoje é um dia de festa”, comemorou ela.

Ainda estavam presentes o subsecretário da Sehab, Otaviano Maia, a assessora-chefe, Michelle Miyaji, além da representante do 2º Ofício do Registro de Imóveis de Camaçari, Márcia Figueiredo.

REURB
A regularização é um conjunto de normas jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais destinadas à legalização de núcleos urbanos informais, que concede escritura a milhares de moradores do município que têm a posse de seus imóveis há pelo menos cinco anos, mas não possuem documento com validade jurídica que comprove a propriedade. O programa funciona em duas modalidades:

REURB de interesse social (REURB S): totalmente gratuito, ele é destinado a proprietários de imóveis de no máximo 250 metros quadrados (m²) e que tenham renda mensal de até cinco salários mínimos.

REURB de interesse específico (REURB E): não há limite do tamanho da área a ser regularizada. Nesta modalidade, o requerente apresenta o projeto e paga pela documentação.

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A Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), promove, de 4 a 9 de outubro, o Festival de Sustentabilidade. A ação tem o objetivo de ampliar a informação dos diferentes públicos para temas que dizem respeito ao futuro comum. A programação conta com o apoio de diversas secretarias municipais, além de empresas privadas.

De acordo com a gestora da Sedur, Andréa Montenegro, o festival foi pensado para difundir e ampliar a informação sobre sustentabilidade na população. “Acredito que a sustentabilidade pode ser alegre e inspiradora. E essa abordagem representa um apelo importante para que pessoas, organizações e instituições atuem na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada”, destacou.


O evento terá atividades que envolverão a arte, o lúdico e o festivo, como elementos centrais de engajamento e mobilização, sem perder de vista o cuidado e a seriedade que os temas propostos exigem. Para participar, é necessária inscrição antecipada através do link: https://linktr.ee/hortoflorestal, que disponibiliza o cadastro tanto para o festival quanto para o agendamento da visitação ao Horto Florestal, feito por meio de formulário on-line, disponível também no perfil oficial do Horto Florestal Linaldo da Silva no Instagram (@hortoflorestalofc). Outra forma de agendar a visita é pelo telefone (71) 3644-1168.

Confira a programação completa do Festival de Sustentabilidade:

4/10 – 18h às 21h – Expor Soluções Sustentáveis;
5/10 – 18h às 21h – Workshop Gastronomia Sustentável;
6/10 – 18h às 21h – TalkShow ECO Urbano;
7/10 – 8h às 14h – Feirinha ECO + no Estacionamento da Prefeitura;
8h às 21h – Ser Urbano Jovem;
8/10 – 9h às 16h – Eco Tur | Vila de Abrantes a Itacimirim;
18h às 21h – Happy Hour Sustentável;
9/10 – 7h às 10h – Eco Bike (saindo de Jauá até o Cacimbão em Arembepe);
8h às 17h – Feira Axé Sustentável;
14h às 21h – Parada Sustentável com Trilhas de Conteúdo;
19h às 21h – Mostra de Arte, Cultura & Sustentabilidade.

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