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A quantidade de Medidas Protetivas de Urgência (MPU) concedidas na Bahia, através da Lei Maria da Penha, aumentou 21% entre 2020 e 2021, segundo dados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Enquanto que em 2020 foram 8.155 medidas, no ano passado elas chegaram a 10.373. Em 2017, 5.193 MPUs foram distribuídas, o que representa um aumento de 100% em cinco anos. Esse tipo de mecanismo serve para proteger a integridade e vida de mulheres, que são ameaçadas ou violentadas.

A Câmara de Deputados aprovou, na quarta-feira (16), uma medida que determina o registro imediato de medidas protetivas judiciais para mulheres vítimas de violência nos banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A defensora pública e coordenadora da Especializada de Diretos Humanos Lívia Almeida explica que será possível criar um banco nacional de MPU. A matéria será enviada para a sanção presidencial.

“A medida protetiva já vale para o território nacional, mas agora vai ficar muito mais nítido que uma medida concedida em São Paulo, por exemplo, está valendo aqui também. Ao mesmo tempo, a Defensoria e o Ministério Público vão ter acesso mais facilitado à essa consulta”, diz Lívia Almeida.

Érica** tem 36 anos e solicitou uma medida protetiva contra o ex-companheiro em novembro do ano passado, depois de um episódio de agressão física ocorrido na frente dos filhos pequenos. A mulher conta que agressões verbais eram frequentes no relacionamento, mas depois que ela descobriu uma traição e resolveu se separar, o homem começou a ficar mais agressivo.

“Quando você tem filhos a situação fica muito mais difícil, eu vim protelando essa decisão muito tempo por conta deles [...] Veio a traição, que eu já estava tentando me recuperar, depois a pandemia e a agressão. Quando eu olhei meu braço roxo e com o aniversário da minha mãe no dia seguinte... Todo mundo me olhando e vendo que eu não era mesma pessoa”, desabafa.

Com a medida protetiva concedida, o homem não pode mais se aproximar de Érica, mas, como ela optou para não estender a medida aos filhos, ele ainda pode ver as crianças. Mesmo se sentindo mais segura com a proteção, ela conta que o ex não a deixou em paz e que arranja maneiras de atacá-la, mesmo sem poder encontrá-la. “Hoje mesmo eu fui entrar no computador e vi que ele mudou minhas senhas”, relata. Até hoje, o divórcio não foi confirmado porque o homem não quis fazer um acordo.

O aumento percebido entre 2020 e 2021 pode ser explicado por conta da pandemia, que contribuiu para que o número de medidas protetivas solicitadas e concedidas diminuísse no ano de 2020. Para a desembargadora e coordenadora da Coordenadoria da Mulher do TJ-BA, Nágila Brito, o período de isolamento das mulheres junto aos companheiros foi responsável pelo número menor: “Com o advento da pandemia, houve uma diminuição de medidas protetivas porque as mulheres não estavam tendo acesso a ajuda, além de estarem com muito medo. Algumas ficaram até em cárcere privado”.

Apesar da diminuição de denúncias imposta pela pandemia, novos dados já indicam retorno do crescimento. Em janeiro de 2021, foram 815 solicitações enquanto que no mesmo período deste ano já foram feitos 1.411 pedidos. Os municípios líderes em MPU são Salvador, Vitória da Conquista e Juazeiro, ainda segundo dados do TJ-BA.

A secretária de políticas para mulheres do Governo do Estado, Julieta Palmeira, pontua que o aumento de medidas protetivas concedidas que vinha sendo progressivo há cinco anos, é decorrente da maior circulação de informações e alertas para o tema da violência contra a mulher.

“Temos facilitado a realização de denúncias. A prorrogação de medida protetiva, por exemplo, hoje já pode ser feita de forma virtual, pela delegacia digital. E esse movimento de facilitação veio por conta da pandemia já que, nesse período, a violência doméstica contra mulheres foi uma das questões mais sensíveis e tínhamos restrições enormes de deslocamento para acesso a delegacias”, destaca Julieta.

Segundo a advogada Milena Pinheiro, especialista em Violência Doméstica e Crimes Sexuais, a violência contra as mulheres ocorre em todos os níveis sociais e culturais. Apesar disso, o número de processos judiciais é em maior volume para vítimas com baixa escolaridade, negras e de classes mais empobrecidas.

“A vítima de violência doméstica de classe média ou baixa, com baixa ou sem escolaridade, tem menos dependência social, ou seja, ela se incomoda menos com o que a sociedade pensa sobre ela. Já as vítimas da alta sociedade, são mais dependentes socialmente. Para além disso, as vítimas com maior escolaridade e poder aquisitivo, conseguem contratar profissionais para mediar a situação [...] Já as outras, ficam na dependência dos órgãos e servidores”, explica

O que é Medida Protetiva de Urgência (MPU)?

As medidas protetivas de urgência foram criadas pela Lei nº11.340/2006, mais conhecida como a Lei Maria da Penha, e são mecanismos legais que visam proteger meninas, adolescentes ou mulheres em situações de vulnerabilidade. Ela pode ser solicitada tanto se houver caso concreto de violência (física, moral, sexual, patrimonial e psicológica) ou se a vítima sentir que está em risco.

“As medidas protetivas mais comuns envolvem afastamento do agressor do local de convivência com a vítima, proibição de manutenção de qualquer tipo de contato com a vítima e seus familiares, e proibição de aproximação com a vítima (a distância varia conforme cada caso)”, diz a advogada Daniela Portugal.

As medidas só passam a ter caráter criminal se o agressor as descumprir, podendo ser punido com pena de 3 meses a 2 anos de detenção. Para solicitar as medidas protetivas de urgência a vítima poderá comparecer a delegacias, promotorias ou defensorias comuns ou especializadas sem a presença de advogado. A polícia terá 48 horas para enviar o pedido ao juiz, que também terá 48 horas para responder ao pedido da ofendida.

Feminicídios têm redução de 21% em janeiro
As medidas protetivas são um mecanismo importante para garantir a segurança de mulheres e, assim, evitar o feminicídio. Em janeiro deste ano, foram 11 crimes desse tipo no estado, uma diminuição de 21,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 14 assassinatos de mulheres foram registrados, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA).

Existem situações em que, mesmo com as medidas protetivas em vigor, as mulheres são mortas pelos agressores, mas Gabriela Garrido, delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista, garante que esses casos são minoria.

“Não podemos dizer que a maior parte dos feminicídios ocorre quando as mulheres possuem medidas protetivas, porque não é verdade. Cerca de 98% das mulheres vítimas de feminicídios no Brasil não tinham medidas protetivas e não tinham procurado nem a polícia nem a Justiça”, assegura a delegada.

Leidiane Nascimento Paraguassu tinha 36 anos quando foi morta atropelada por um caminhão no dia 12, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. O principal suspeito é o seu ex-companheiro, Silvanildo Macêdo, que foi preso cinco dias depois do crime. Segundo o irmão da vítima, Wellington Paraguassu, o casal tinha um relacionamento conturbado e Leidiane sofria ameaças.

A vítima chegou a fazer uma representação contra Silvanildo por ameaça, mas acabou se arrependendo e desistindo de levar adiante. A mulher foi morta sem ter solicitado nenhum tipo de medida protetiva contra o ex, segundo o delegado Leandro Acácio, titular da 22ª Delegacia (Simões Filho).

“Ela fez uma representação no Centro de Referência e Atendimento à Mulher, que é um órgão ligado à prefeitura. Ele recebe as vítimas de violência doméstica e encaminha para a delegacia, para que a gente possa fazer a medida protetiva, instaurar inquérito, encaminhar à Justiça. No entanto, ela desistiu de prosseguir com aquela reclamação”, afirmou o delegado em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (17).

Para que o feminicídio não ocorra mesmo quando a MPU foi concedida pela justiça, a desembargadora Nágila Brito alerta que as mulheres devem manter contato com a Vara criminal e informar quando o agressor se aproximar indevidamente. “O juiz não tem como saber quando a medida foi descumprida e, se essa informação chega para o juiz, ocorre uma gradação maior e o homem pode ser preso em flagrante”, explica.

Delegada tira dúvidas sobre as Medidas Protetivas de Urgência

1. Qual a importância de as mulheres terem as medidas protetivas contra os agressores?
Para mim, esse é o maior avanço que a Lei Maria da Penha trouxe, para além da prisão dos agressores. Quando o agressor quebra a medida protetiva decretada pela Justiça, ele está cometendo um crime autônomo, fora outros crimes que ele possa ter cometido durante essa quebra, podendo ser preso ainda flagrante. Isso faz com que a mulher se sinta realmente mais segura.

2. Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelas vítimas para denunciar?
Dificuldade prática não existe nenhuma, porque têm vários meios de denúncia, inclusive número de telefone de denúncia anônima. A maior dificuldade comprovada estatisticamente é a dependência emocional da mulher, que se culpa pelo fracasso do relacionamento. Vivemos em uma sociedade em que a mulher ainda é responsabilizada pela manutenção do relacionamento. Embora que obviamente a dependência financeira pese também. O medo de ameaças aparece em seguida.

3. Como essas mulheres costumam chegar na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)?
Algumas chegam com o psicológico muito abalado. Outras já viraram a chave e quando chegam na delegacia já decidiram que aquele relacionamento não funciona mais e querem uma resposta do Estado para as agressões. Atendemos todos os tipos de mulheres, varia muito, não existe um perfil linear.

4. O que acontece nos casos em que mesmo com a medida protetiva, a mulher acaba sendo vítima de feminicídio?
A medida protetiva efetivamente protege a mulher, mas, numa minoria de casos, não temos como prever a reação do agressor. Às veze ele está tão desestruturado psicologicamente, que mesmo sabendo que a polícia vai chegar até ele, comete esse ato. Outra coisa que foge do nosso controle é que, às vezes, mesmo tendo a medida protetiva, a mulher continua entrando em contato com o agressor. Então é muito importante que a vítima também se preserve e comunique casos de descumprimento.

Gabriela Garrido é delegada titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista.

Como denunciar agressões?

Além das delegacias, é possível denunciar agressões através de canais como:

Delegacia Virtual - www.delegaciavirtual.sinesp.gov.br
Tribunal de Justiça - Assistente virtual através do WhatsApp (71) 99978-4768
Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher
Disque 190 - Polícia Militar (necessidade imediata ou socorro rápido)
Zap Respeita as Minas - Atendimento 24 horas através do WhatsApp (71) 3117-2815

10 municípios com mais MPUs solicitadas na Bahia em 2021:

Salvador - 3.038
Vitória da Conquista - 962
Juazeiro - 683
Feira de Santana - 577
Barreiras - 419
Camaçari- 392
Paulo Afonso - 354
Alagoinhas - 299
Itabuna - 272
Irecê - 225

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Segunda, 28 Fevereiro 2022 15:04

SAC funciona normalmente durante o carnaval

Os 15 postos da rede SAC que funcionam na capital e Região Metropolitana de Salvador (RMS) vão funcionar normalmente durante os dias de carnaval. Tanto os postos que ficam nos shoppings, quanto os localizados em bairros de Salvador, assim como os de Camaçari, Candeias e Lauro de Freitas terão expediente normal na segunda (28), terça (1) e quarta-feira (2), exceto Simões Filho, que suspende o atendimento no período. As 11 unidades de Salvador são SAC Barra, Bela Vista, Shopping da Bahia e Salvador Shopping, além de Cajazeiras, Comércio, Liberdade, Pau da Lima, Periperi, Pernambués e Pituaçu.

O funcionamento também será normal no interior na segunda, terça e quarta-feira de carnaval. Dos 21 postos, apenas Senhor do Bonfim fica fechado nos três dias; além de Alagoinhas e Santo Antônio de Jesus, que suspendem o expediente somente na segunda-feira (28). A carreta do SAC Móvel, que está em Ibicaraí vai funcionar normalmente no período, assim como o vídeo-atendimento na Rede SAC para serviços do Planserv, Ceprev, Procon e SineBahia.

Vale ressaltar que os postos que ficam nos bairros da capital e no interior possuem atendimento por ordem de chegada, exceto Conquista II e Feira II, que precisam de agendamento prévio. O mesmo acontece com as unidades que ficam nos shoppings de Salvador e em Camaçari e Lauro de Freitas. O agendamento deve ser feito pelo aplicativo ou site do SAC Digital.

É importante lembrar que para acessar os postos da Rede SAC é necessário apresentar comprovante de vacinação completa contra o coronavírus, e estar sem sintomas gripais.

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Foi publicada, na edição deste sábado (26) do Diário Oficial do Estado, a medida que altera o decreto número 21.027 e estabelece que ficarão autorizados em todo o território baiano, durante o período de 3 a 14 de março de 2022, os eventos e atividades com a presença de público de até 3 mil pessoas, tais como: cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, eventos exclusivamente científicos e profissionais, circos, parques de exposições, solenidades de formatura, feiras, passeatas, parques de diversões, teatros, cinemas, museus e afins.

Eventos em locais fechados, espaços culturais, cinemas e teatros poderão ocorrer com a capacidade plena. Os estádios estarão autorizados a receber um público de até 30% do limite máximo de ocupação.

Em todos os casos, o acesso aos locais está condicionado à comprovação de vacinação contra a Covid-19 e é obrigatório o respeito aos protocolos sanitários, a exemplo do uso de máscara.

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Devido à pandemia, pelo segundo ano consecutivo, as festas de carnaval foram canceladas na Bahia. O funcionamento de diversas organizações será alterado no período de 28 de fevereiro à 1º de março. Confira abaixo o que abre e fecha em Camaçari nestas datas:

Foto: Reprodução

BANCOS:

Não haverá atendimento nos dias 28/2 e 01/3. Na quarta-feira de cinzas (02/3) os serviços retornam às 12h.

ESCOLAS:

A Prefeitura de Camaçari decretou ponto facultativo, por isso, as escolas da rede municipal não irão funcionar nos dias 28/2 e 01/3.

CENTRO COMERCIAL (FEIRA):

Não haverá alteração no horário de expediente. O centro estará aberto das 06h às 18h normalmente.

COMÉRCIO:

A Diretoria do Sindicato dos Comerciários de Camaçari e Dias d’Ávila divulgou um comunicado informando que os horários de funcionamento do comércio não serão alterados.

BOULEVARD SHOPPING CAMAÇARI:

Funcionamento normal mantido nos dias 28/2 e 01/3.

CORREIOS:

Estarão fechados nos dias 28/2 e 01/3.

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A Secretaria do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Sedur), através da Superintendência de Ordenamento e Fiscalização de Uso do Solo (Suofis), registrou um flagrante de crime ambiental, no qual houve extração de areia de dunas, em Jauá, na localidade Pé de Areia, na costa do município.

Na ocasião, fiscais identificaram uma caçamba sendo carregada por três pessoas, uma delas evadiu do local com o motorista do veículo. A areia foi devolvida ao meio ambiente e os dois carregadores conduzidos por uma guarnição do 59ª Companhia Independente da Polícia Militar para a delegacia em Vila de Abrantes, local em que foram ouvidos e registrado o Boletim de Ocorrência.

Com a identificação do proprietário do veículo ou responsável pela ação criminosa, será lavrado um auto de infração e instaurado processo fiscal para cobrança de multa pela Sedur. Vale ressaltar, que a Lei n.º 1.710/22 dispõe sobre o Parque Natural Municipal das Dunas Abrantes e Jauá. No local poderão ser realizadas pesquisas e estudos científicos, a preservação de todo o ecossistema, e recuperação de áreas degradadas.

A Sedur reforça que o cidadão pode ser um agente voluntário e fazer a denúncia de ações suspeitas através dos canais de comunicação da pasta, a exemplo do número 0800 284 6734, ou pelo Sis Sedur, disponível por meio do endereço eletrônico: http://sis.sedur.camacari.ba.gov.br/.

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Com objetivo de fortalecer a rede de combate à violência contra a mulher, a Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria do Desenvolvimento Social e Cidadania (Sedes), na manhã desta quarta-feira (23/2), assinou o termo de adesão ao Programa Acolhe, iniciativa idealizada pelo Instituto Avon, que oferece acolhimento temporário e acompanhamento social, psicológico e jurídico para mulheres em situação de violência.

O ato oficial de adesão ao programa aconteceu na sede da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), em Salvador, ocasião em que foi assinado o Termo de Cooperação entre a pasta estadual e o Instituto Avon. A titular da Sedes, Reni Oliveira, destacou que todas as iniciativas que tenham o intuito de fortalecer a rede de proteção às mulheres são necessárias e bem-vindas. “A adesão do município a essa iniciativa é muito importante, porque vem para somar e fortalecer as ações de enfrentamento, que já realizamos através da rede”, falou

A gerente de Causas do Instituto Avon, Regina Célia Braga explicou que o programa oferecerá acolhimento em hotéis da rede credenciada, tanto para mulheres em situação de violência quanto para os filhos delas. “O que vai acrescentar é que as mulheres terão uma possibilidade mais segura para o acolhimento. Esse acolhimento é para mulheres que vivem no ciclo de violência e que precisam buscar uma alternativa, uma estratégia para sair desse ciclo de violência, com saúde e com perspectiva de reintegração, principalmente no mercado no trabalho”, disse.

A titular da SPM, Julieta Palmeira, ressaltou que o programa denota o compromisso social do setor corporativo com a causa, que é um grande desafio para a sociedade. “O Programa Acolhe já vem sendo desenvolvido por volta de um ano pelo Instituto Avon, e a gente saúda essa iniciativa. Hoje assinamos o termo de cooperação que vai disponibilizar vagas nos hotéis da Rede Accor para aquelas mulheres que diante de uma classificação de risco, precisam de acolhimento temporário”, falou.

A coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) Yolanda Pires, Bella Batista, afirmou que o município só tem a ganhar com a adesão ao programa. “Sem sombra de dúvida vai ajudar muito, Camaçari só tem a ganhar, principalmente por conta do seu imenso território. Precisamos sempre de parcerias como essa, para fazer com que as políticas públicas voltadas para as mulheres do município sejam executadas da melhor forma possível”, disse.

Idealizado pelo Instituto Avon e Rede Accor, com apoio técnico do Instituto para Desenvolvimento Sustentável (INDES), o Programa Acolhe pretende contribuir para o fortalecimento da rede de proteção, com a oferta de vagas e hospedagem em hotéis às mulheres e seus filhos, com comprovada necessidade de acolhimento em decorrência de situação de violência doméstica e familiar.

Além de Camaçari, os municípios contemplados na Bahia são: Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Simões Filho e Lauro de Freitas. O acolhimento terá período máximo de 15 dias, e para ter acesso ao programa, o município deve passar por uma formação e observar os critérios estabelecidos e pactuados.

Também participaram do ato de adesão, a vereadora Fafá de Senhorinho e representantes de outros municípios.

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Após um incêndio ter acontecido em um supermercado da rede Novo Mix na última sexta-feira (18), localizado na Cascalheira, em Camaçari, a gestão da rede anunciou a reinauguração do estabelecimento, que irá acontecer nesta sexta (25), a partir das 07h.

Em nota, a rede afirma estar trazendo muitas novidades para a nova fase que se inicia.

“Senhores clientes, colaboradores, amigos e parceiros, É com muita alegria e gratidão que comunicamos a Reinauguração do Novo Mix Unidade Cascalheira! Contamos com um novo visual, ofertas imbatíveis e a energia que só a gente tem! Vocês são nossos convidados de honra nessa nova fase. Estamos ansiosos para recebê-los de volta“.

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De Camaçari para o mundo. Mais especificamente, para Dubai. É assim que dá para resumir os passos da estudante Ana Lima, de 19 anos, nesse início de 2022. Nascida e criada no bairro periférico Verde Horizonte e estudante do curso médio de eletromecânica no IFBA de sua cidade, ela será a única representante brasileira na ‘Global Peace Summit Dubai 2022’, conferência internacional da ONU sobre mudanças climáticas.

A baiana foi selecionada para o evento depois de passar por um processo seletivo com redações e entrevistas entre milhares de brasileiros de 16 a 40 anos. Junto com ela, outros dois foram selecionados. Nenhum deles irá por falta de recursos para pagar a viagem que vai custar, aproximadamente, R$ 9 mil de passagem, hospedagem, alimentação e até testes de covid-19.

Assim como os outros, Ana e sua família não têm condições de arcar com as despesas. De janeiro para cá, conseguiram reunir apenas o valor da hospedagem e dos testes através de um vaquinha. Mesmo assim, ela embarcaria na madrugada desta terça-feira (22) de São Paulo para Dubai.

“Tô indo na cara e na coragem porque é meu sonho. Minha mãe disse ‘vai na fé que esse dinheiro vai chegar’. Então, compramos passagem mesmo sem saber como vamos pagar. É aquele negócio: divide no cartão em mil vezes e vai”, brinca Ana, que participa da conferência de 23 a 26 de fevereiro.

Oportunidade única

Deixando a brincadeira de lado, a estudante afirma que resolveu correr o risco de lidar com uma dívida alta pela seriedade com a qual trata o tema das mudanças climáticas e pelo que a conferência pode representar para ela.

“É uma cúpula global bem importante sobre mudanças climáticas e climatização. Um momento para discutir a agenda da ONU para 2022 e projetos de impacto que serão apresentados lá. Pra mim, é um sonho”, diz a jovem.

Apesar de já desenvolver um projeto sobre climatização, não é dessa vez que Ana vai apresentá-lo para o mundo todo. Pelo menos nessa edição, ela vai como ouvinte. O que não reduz em nada o orgulho da família.

"Muito orgulho, quase que não cabe no peito. E não sou só eu: a família toda está assim. Até as primas ficam falando pro povo que são parentes de uma menina muito inteligente que vai ser a única representante do Brasil em um evento internacional. É um marco para a família”, fala Lidiane Lima, 41, mãe da estudante.

Formada em História, mas desempregada no momento, Lidiane diz que o feito não surpreende. Segundo ela, a filha sempre foi muito dedicada aos estudos e projetos.

“Desde pequena é assim pra frente! Sempre quis estudar e aprender mais coisas, nunca tive problema com ela em relação a isso. O resultado é que, mesmo sempre em escola pública, ela segue dando grandes passos”, completa Lidiane.

Dedicação

Essa é a primeira vez que Ana vai sair do Brasil, mas não se trata do primeiro evento internacional em que ela participa. Muito interessada nesse tipo de experiência, ela já fez parte de outro.

“Eu sempre procuro oportunidades. Já participei de um programa de verão online da Universidade do Porto, de Portugal. Dessa vez, achei essa conferência e me inscrevi. Inclusive, já tem outra no Canadá que quero ir e apresentar projeto”, afirma Ana.

Mesmo com muita vontade de ocupar esses projetos, a estudante sabe que a missão não é fácil para alguém de origem periférica.

“Nossa família é bem humilde, sou de um bairro pobre e não temos condições para bancar tudo isso. Mas, mesmo assim, não quero parar de tentar porque é só por isso que tô indo hoje pra fora”, conclui.

Quem quiser e puder ajudar Ana com qualquer quantia, pode contribuir tanto pelo site da vaquinha como por transferência via pix para a seguinte chave (71) 98693-3748.

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Com o cancelamento do Carnaval, das festas de rua e também do feriado, a procura por casas de temporada no Litoral Norte está em baixa, esse ano. Corretores de imóveis de Busca Vida, Guarajuba, Barra do Jacuípe e Praia do Forte afirmam que houve uma queda de até 50% na demanda, o que fez o preço das diárias caírem cerca de 30%.

É a primeira vez, em muitos anos, que o corretor Mário Fernandes, da IM Corretores Associados, tem mais casas para alugar do que clientes interessados para o período. “Geralmente, faltava imóvel para alugar no Carnaval. Hoje, é contrário, está sobrando”, diz Fernandes, que atua no setor imobiliário há 37 anos, principalmente, em Busca Vida.

O baixo movimento se dá, principalmente, pelo cancelamento do feriado e pelo aumento de casos da covid-19, em janeiro. “Tivemos um Réveillon muito bom, mas, em janeiro, a partir do 15, com a alta dos casos de covid de novo, a procura começou a cair. De lá para cá, caiu 30%. Comparando com o Carnaval do ano passado, tivemos uma retração de 50% na procura”, constata o corretor Juarez Rabelo, da empresa Guarajuba Imóveis, que atua há 20 anos na região.

Das 200 casas que ele tem para locação, somente 20 estão fechadas para negócio no Carnaval. Normalmente, esse número estaria, no mínimo, em 50. “A maioria das casas que fechamos foi ainda no ano passado. Mas, a partir do momento que não tem o feriado, a procura caiu, principalmente, pelo pessoal de fora. Quem está vindo, são pessoas daqui”, conta Rabelo.

Aluguel por menos tempo
Por não ter mais tantos dias livres – uma vez que não haverá ponto facultativo, exceto pelo dia 1º de março - os turistas alugam casas por menos tempo. “Como não vai ter feriado, os clientes estão barganhando os pacotes. Antes, o mínimo da estadia eram cinco dias, agora, estão tentando dois a três dias. O preço das diárias também caiu, em torno de 25 a 30%”, completa Juarez Rabelo. Ele exemplifica o valor de uma casa de diária de R$ 7 mil, que está agora por R$ 5 mil.

A corretora Adriana Santiago, no setor há 13 anos, também sentiu essa mudança de comportamento da clientela. A área que ela mais trabalha é Barra de Jacuípe. “O perfil mudou muito. As pessoas fechavam as casas, às vezes, o mês inteiro, mas isso não acontece mais. Aluga-se quatro dias a uma semana, no máximo. Por isso que a maioria das casas está anunciando o valor da diária e não mais o pacote”, detalha Adriana.

Para o período do Carnaval, famílias locavam 15 dias por R$7 a R$8 mil. Hoje, o mínimo são duas diárias, cada uma entre R$1 mil e R$ 1,5 mil, a depender do perfil da casa. “As pessoas ficaram receosas, depois dessa última onda de covid. Ficam com medo de trazer família, mãe e idoso, e ter algum problema. Mesmo com as pessoas vacinadas, se pega covid, então evitam aglomerações”, explica Adriana. Ela ainda tem cinco casas para locação. Em outros anos, “já tinha alugado tudo”.

Redução da oferta
Ainda houve redução na oferta das casas na região, pois os proprietários decidiram não as alugar para o período. “Depois do boom que tivemos no mercado imobiliário do Litoral Norte, em 2020 e 2021, principalmente, nos condomínios perto das praias, caiu muito a oferta para locação. Muitos imóveis saíram do mercado, os moradores desistiram de vender ou alugar para ficar usando a casa, saindo do perímetro urbano”, revela o corretor Mário Fernandes.

Em outros Carnavais, Fernandes tinha em torno de 60 a 65 casas para locação. Hoje, só 22. Dessas, oito estão alugadas e outras 14 ainda estão disponíveis. A explicação para isso, segundo ele, é pela baixa na renda do público. “Antes, tudo quanto era faixa de renda alugava casa. Agora, é mais a classe A, que não foi afetada pela crise e não deixou de viajar e curtir as férias”, conta o corretor. Entre 80 a 90% do público são de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veraneio garantido
A cozinheira Morjana Fróes, que vende quentinhas a domicílio no Imbuí, vai passar, pela primeira vez, uma temporada no Litoral Norte. Ela já se hospedou em pousadas da região, mas, agora, irá para um village, em Jauá. Todos os anos, ela escapa de Salvador para viajar. Por conta da pandemia, teve que escolher um destino mais perto.

“Sempre passo Carnaval fora de Salvador, em algum destino de praia do Nordeste, como Natal e Fortaleza. Mas, como não consegui viajar, pela pandemia, fiz a opção de alugar um village no Litoral Norte, porque as pousadas estão muito caras, cobrando mais de R$ 1 mil a diária”, conta Morjana, que alugou a casa através do site

Ela usará apenas metade da capacidade do apartamento, que comporta seis pessoas. “Se eu não tivesse com minha mãe, que tem 76 anos, dividiria com duas amigas e minha filha. Mas, não quero arriscar, por conta da covid. Ela está três anos sem sair de casa, com medo”, esclarece. Morjana passará cinco dias, de sexta a terça de carnaval.

Carnaval no Litoral
Há ainda aqueles que são loucos pelo Carnaval de rua, de Salvador, e também pelo Litoral Norte. Como não dá para ir para rua, o publicitário João Gabriel Neri, 21, resolveu unir os dois: fazer um bloquinho numa casa de temporada com amigos, com abadá e tudo. Ele alugou uma casa com cinco quartos, para 20 pessoas, na praia de Subaúma, no município de Entre Rios.

“Amo Carnaval, vou do abre-alas até a quarta-feira de cinzas para a rua, todos os dias. E também sou apaixonado pela Linha Verde. É um lugar que me traz paz. Assim que passo do pedágio, parece que meu tempo para e não há espaço para momentos tristes”, conta Neri. “Todo mês, faço questão de ir lá. Teve uma vez que fui para Praia do Forte só para tomar um sorvete com uma amiga, de bate-volta", diz.

O publicitário sempre vai com um grupo de amigos, “de galera”. Apesar de já ter de Itacimirim à Jacuípe e de Diogo à Guarajuba, será a primeira vez durante o período carnavalesco. “Passo sempre ano novo lá e outras datas comemorativas, como Páscoa e aniversários”, completa João Gabriel Neri, que ficará em Subaúma de sexta a domingo de Carnaval.

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A vacinação contra Covid-19 continua em Camaçari nesta segunda-feira (21/2) para crianças de 5 a 11 anos com e sem comorbidades, assim como para adultos e adolescentes a partir dos 12 anos. A imunização segue para primeira e segunda doses, além do reforço.

Para serem vacinadas, as crianças devem estar acompanhadas do pai ou mãe, apresentar Cartão de Vacina e documento de identificação. Caso o menor vá acompanhado por outro responsável, este deverá levar uma declaração assinada pelos pais, autorizando a vacinação do mesmo. Se a criança tiver comorbidade, ainda é necessário apresentar original e cópia dos documentos que comprovem a comorbidade (relatório médico, receita ou cadastro em instituições de tratamento de saúde).

Confira os locais de vacinação desta segunda-feira:

Adultos e adolescentes 12 anos acima

Sede – 9h às 16h
Unidade Básica de Saúde (UBS) Gleba E
UBS Gravatá
Unidade de Saúde da Família (USF) Jardim Limoeiro II
USF Parque Florestal
USF Piaçaveira
USF Burissatuba
USF Santo Antônio
USF Verdes Horizontes II
USF Phoc Caic

Costa – 9h às 15h

UBS Vila de Abrantes
USF Cajazeiras de Abrantes
USF Areias
UBS Monte Gordo
USF Barra do Jacuípe

Crianças 5 a 11 anos com e sem comorbidades

Sede – 9h às 16h
UBS Gleba B
USF Dois de Julho
USF Lama Preta
USF Ficam
USF Verdes Horizontes I
USF Parafuso

Costa – 9h às 15h
USF Fonte da Caixa
UBS Arembepe
USF Barra do Pojuca

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