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Sem feriado de Carnaval, procura por casas no Litoral Norte cai até 50%

Sem feriado de Carnaval, procura por casas no Litoral Norte cai até 50%

Com o cancelamento do Carnaval, das festas de rua e também do feriado, a procura por casas de temporada no Litoral Norte está em baixa, esse ano. Corretores de imóveis de Busca Vida, Guarajuba, Barra do Jacuípe e Praia do Forte afirmam que houve uma queda de até 50% na demanda, o que fez o preço das diárias caírem cerca de 30%.

É a primeira vez, em muitos anos, que o corretor Mário Fernandes, da IM Corretores Associados, tem mais casas para alugar do que clientes interessados para o período. “Geralmente, faltava imóvel para alugar no Carnaval. Hoje, é contrário, está sobrando”, diz Fernandes, que atua no setor imobiliário há 37 anos, principalmente, em Busca Vida.

O baixo movimento se dá, principalmente, pelo cancelamento do feriado e pelo aumento de casos da covid-19, em janeiro. “Tivemos um Réveillon muito bom, mas, em janeiro, a partir do 15, com a alta dos casos de covid de novo, a procura começou a cair. De lá para cá, caiu 30%. Comparando com o Carnaval do ano passado, tivemos uma retração de 50% na procura”, constata o corretor Juarez Rabelo, da empresa Guarajuba Imóveis, que atua há 20 anos na região.

Das 200 casas que ele tem para locação, somente 20 estão fechadas para negócio no Carnaval. Normalmente, esse número estaria, no mínimo, em 50. “A maioria das casas que fechamos foi ainda no ano passado. Mas, a partir do momento que não tem o feriado, a procura caiu, principalmente, pelo pessoal de fora. Quem está vindo, são pessoas daqui”, conta Rabelo.

Aluguel por menos tempo
Por não ter mais tantos dias livres – uma vez que não haverá ponto facultativo, exceto pelo dia 1º de março - os turistas alugam casas por menos tempo. “Como não vai ter feriado, os clientes estão barganhando os pacotes. Antes, o mínimo da estadia eram cinco dias, agora, estão tentando dois a três dias. O preço das diárias também caiu, em torno de 25 a 30%”, completa Juarez Rabelo. Ele exemplifica o valor de uma casa de diária de R$ 7 mil, que está agora por R$ 5 mil.

A corretora Adriana Santiago, no setor há 13 anos, também sentiu essa mudança de comportamento da clientela. A área que ela mais trabalha é Barra de Jacuípe. “O perfil mudou muito. As pessoas fechavam as casas, às vezes, o mês inteiro, mas isso não acontece mais. Aluga-se quatro dias a uma semana, no máximo. Por isso que a maioria das casas está anunciando o valor da diária e não mais o pacote”, detalha Adriana.

Para o período do Carnaval, famílias locavam 15 dias por R$7 a R$8 mil. Hoje, o mínimo são duas diárias, cada uma entre R$1 mil e R$ 1,5 mil, a depender do perfil da casa. “As pessoas ficaram receosas, depois dessa última onda de covid. Ficam com medo de trazer família, mãe e idoso, e ter algum problema. Mesmo com as pessoas vacinadas, se pega covid, então evitam aglomerações”, explica Adriana. Ela ainda tem cinco casas para locação. Em outros anos, “já tinha alugado tudo”.

Redução da oferta
Ainda houve redução na oferta das casas na região, pois os proprietários decidiram não as alugar para o período. “Depois do boom que tivemos no mercado imobiliário do Litoral Norte, em 2020 e 2021, principalmente, nos condomínios perto das praias, caiu muito a oferta para locação. Muitos imóveis saíram do mercado, os moradores desistiram de vender ou alugar para ficar usando a casa, saindo do perímetro urbano”, revela o corretor Mário Fernandes.

Em outros Carnavais, Fernandes tinha em torno de 60 a 65 casas para locação. Hoje, só 22. Dessas, oito estão alugadas e outras 14 ainda estão disponíveis. A explicação para isso, segundo ele, é pela baixa na renda do público. “Antes, tudo quanto era faixa de renda alugava casa. Agora, é mais a classe A, que não foi afetada pela crise e não deixou de viajar e curtir as férias”, conta o corretor. Entre 80 a 90% do público são de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Veraneio garantido
A cozinheira Morjana Fróes, que vende quentinhas a domicílio no Imbuí, vai passar, pela primeira vez, uma temporada no Litoral Norte. Ela já se hospedou em pousadas da região, mas, agora, irá para um village, em Jauá. Todos os anos, ela escapa de Salvador para viajar. Por conta da pandemia, teve que escolher um destino mais perto.

“Sempre passo Carnaval fora de Salvador, em algum destino de praia do Nordeste, como Natal e Fortaleza. Mas, como não consegui viajar, pela pandemia, fiz a opção de alugar um village no Litoral Norte, porque as pousadas estão muito caras, cobrando mais de R$ 1 mil a diária”, conta Morjana, que alugou a casa através do site

Ela usará apenas metade da capacidade do apartamento, que comporta seis pessoas. “Se eu não tivesse com minha mãe, que tem 76 anos, dividiria com duas amigas e minha filha. Mas, não quero arriscar, por conta da covid. Ela está três anos sem sair de casa, com medo”, esclarece. Morjana passará cinco dias, de sexta a terça de carnaval.

Carnaval no Litoral
Há ainda aqueles que são loucos pelo Carnaval de rua, de Salvador, e também pelo Litoral Norte. Como não dá para ir para rua, o publicitário João Gabriel Neri, 21, resolveu unir os dois: fazer um bloquinho numa casa de temporada com amigos, com abadá e tudo. Ele alugou uma casa com cinco quartos, para 20 pessoas, na praia de Subaúma, no município de Entre Rios.

“Amo Carnaval, vou do abre-alas até a quarta-feira de cinzas para a rua, todos os dias. E também sou apaixonado pela Linha Verde. É um lugar que me traz paz. Assim que passo do pedágio, parece que meu tempo para e não há espaço para momentos tristes”, conta Neri. “Todo mês, faço questão de ir lá. Teve uma vez que fui para Praia do Forte só para tomar um sorvete com uma amiga, de bate-volta", diz.

O publicitário sempre vai com um grupo de amigos, “de galera”. Apesar de já ter de Itacimirim à Jacuípe e de Diogo à Guarajuba, será a primeira vez durante o período carnavalesco. “Passo sempre ano novo lá e outras datas comemorativas, como Páscoa e aniversários”, completa João Gabriel Neri, que ficará em Subaúma de sexta a domingo de Carnaval.

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    Realizada pela Prefeitura e Camaçari, por meio da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra), as intervenções nas praças contam com bicicletários; jardineiras em concreto e espaços mais arborizados; ampla iluminação, incluindo cênica; pavimentação em cores mais claras; assoalhos mais seguros, com piso intertravado; padronização dos boxes comerciais; área de circulação mais espaçosa; dentre outros. A Praça Primeiro de Maio contará ainda com parque infantil, academia da saúde e total requalificação da quadra poliesportiva e da pista de skate.

    Nas vias, serão feitos serviços de esgotamento, drenagem, pavimentação e nos passeios. Além disso, a Avenida Eixo Urbano Central contará com ciclofaixas, áreas de convivência com paisagismo e pergolados, novo asfaltamento e rampas de acessibilidade. Já nas demais ruas, será utilizada pavimentação sem mudança de nível, com piso intertravado. Em todas as vias, estão garantidas vagas de estacionamentos para veículos.

    O subsecretário da Infraestrutura, Antônio Almeida, destacou que as intervenções serão feitas por etapas. "Esta será uma grande obra. Hoje apresentamos e discutimos nosso plano de trabalho com os comerciantes, empresários e lojistas da região, para que possamos executá-lo da melhor maneira", afirmou.

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    O titular da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Waldir Freitas, pontuou sobre o efeito da obra para o comércio local. "É uma ação muito aguardada pelo nosso setor empresarial e que será feita com atenção, para que seja gerado o menor impacto possível ao setor. Por isso, a importância deste evento, para manter o diálogo aberto com os lojistas e comerciantes. Com a entrega da requalificação, o comércio será aquecido, o que é muito bom para a economia da cidade", disse.

    A opinião é compartilhada pelo presidente da CDL, Pedro Reis. "A obra é muito positiva. Após a finalização, o nosso Centro será transformado em um lugar mais acolhedor, atraindo as pessoas para circularem e comprarem. Enquanto representante dos comerciantes, o que esperamos é que, durante as intervenções, os impactos sejam minimizados", ressaltou.

    A presidenta da Associação Comercial e Empresarial de Camaçari (ACEC), Manuelina Ferreira, enfatizou a importância de que haja celeridade nos serviços da requalificação, tendo em vista os comerciantes e compradores. "Acredito que esta obra será muito favorável para a cidade", disse.

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    Ainda participaram do encontro, os presidentes da Câmara Municipal de Camaçari, vereador Flávio Matos; da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) da Bahia, Pedro Failla; e do Sindicato do Comércio Varejista de Camaçari e Região (Sicomércio), Juranildes Araújo, que também é vice-presidenta da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio–BA). Estiveram presentes também as equipes técnicas da Secult, Sedec e da Seinfra, comerciantes, imprensa e demais autoridades locais.

  • Sesp segue com recadastramento para o transporte universitário

    Estudantes beneficiados pelo Programa de Transporte Social, Técnico e Universitário (TSTU) têm até o dia 16 de fevereiro para atualizar o cadastro junto ao serviço. Para efetivar o recadastramento, a Prefeitura de Camaçari, por meio da Secretaria dos Serviços Públicos (Sesp), através da Coordenadoria de Transporte Universitário (CTU), requer o encaminhamento da documentação exclusivamente via web, através da Central do Estudante.

    Para acessar a Central do Estudante, basta clicar aqui, ou entrar pelo banner do recadastramento disposto na página principal do site da prefeitura, neste link. No espaço indicado pelo sistema, o estudante deverá anexar o comprovante de matrícula atualizado pela instituição de ensino, referente ao período letivo 2024.1, com carimbo e assinatura manual, ou assinado de forma eletrônica.

    A CTU segue disponível pelos números (71) 3622-7711, 3622-7716 ou 3622-7718, a fim de esclarecer qualquer dúvida para a realização do processo. Outro caminho é ir diretamente à sede do órgão, localizada na Avenida Jorge Amado s/n, Loteamento Espaço Alpha, Jardim Limoeiro, com atendimento das 9h às 12h e das 14h às 16h.

    O Edital de Recadastramento foi publicado em 29 de dezembro de 2023, no Diário Oficial do Município (DOM) edição n.º 2.297/2024, que pode ser conferido aqui - https://www.camacari.ba.gov.br/wp-content/uploads/2023/12/diario-2297-certificado.pdf

  • Inscrições para o edital Camaçari Criativa são prorrogadas até quinta (8)

    As inscrições para o edital de concurso cultural Camaçari Criativa, que encerrariam nesta segunda-feira (5/2), foram prorrogadas até quinta (8), às 12h. A iniciativa selecionará projetos nos diversos segmentos, com exceção do audiovisual, para receberem apoio financeiro, com o objetivo de incentivar as diversas formas de manifestação artísticas do município, tendo investimento total de R$ 649.585,76.

    Promovido pela Prefeitura de Camaçari, através da Secretaria da Cultura (Secult), o certame é o terceiro de quatro editais realizados no município com aplicação dos recursos da Lei Paulo Gustavo (LPG). As inscrições devem ser feitas por meio do Mapa Cultural de Camaçari, neste link https://mapacultural.camacari.ba.gov.br/oportunidade/19/#info

    Serão contempladas as linguagens de música; teatro, dança, circo e ópera; radiodifusão e novas mídias; livro e literatura; artes gráficas; artes plásticas, visuais e artesanato; cultura popular, manifestações e festas populares; patrimônio cultural material e imaterial; biblioteca; arquivo, memória e documentação; estudos e pesquisa artístico cultural; design e moda; ensino das artes e arte-educação; feiras livres; intercâmbios culturais; manifestações étnico-culturais, de gênero e de orientação sexual; saberes, técnicas, linguagens e tradições; gastronomia; e arquitetura.

    O Camaçari Criativa está dividido em: categoria A, para projetos de R$ 20.616,37, com a seleção de 14 proponentes; e categoria B, para projetos de R$ 10.616,37, que dispõe de 34 vagas. Em ambos os grupos, ficam garantidas cotas étnico-raciais, para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas.

    Podem se inscrever pessoas físicas maiores de 18 anos; microempreendedores individuais (MEI); coletivos/grupos sem CNPJ, representado por pessoa física; pessoas jurídicas de direito privado, com fins lucrativos; e pessoa jurídica sem fins lucrativos (associação, fundação, cooperativa, etc.). Em todos os casos, o local de sede/residência deve ser em Camaçari.

    Os projetos devem contar com medidas de acessibilidade compatíveis com as características dos produtos resultantes, de modo a contemplar: no aspecto arquitetônico, recursos de acessibilidade para permitir o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ou idosas aos locais onde se realizam as atividades culturais, além de banheiros, áreas de alimentação e circulação; no aspecto comunicacional, recursos de acessibilidade para permitir o acesso de pessoas com deficiência intelectual, auditiva ou visual ao conteúdo dos produtos culturais gerados pelo projeto, pela iniciativa ou pelo espaço; e no aspecto atitudinal, a contratação de colaboradores sensibilizados e capacitados para o atendimento de visitantes e usuários com diferentes deficiências e para o desenvolvimento de projetos culturais acessíveis.

    Os agentes culturais contemplados no edital deverão realizar contrapartida social a ser pactuada com a administração pública, sendo assegurados a acessibilidade de grupos com restrições e o direcionamento à rede de ensino da localidade.

    Para a seleção, serão critérios: na etapa de análise técnica, será analisado o potencial de realização da proposta; adequação orçamentária e viabilidade; e acessibilidade da proposta. Na etapa de mérito cultural, são critérios a conformidade com o Plano Municipal de Cultura; relevância cultural; potencial de impacto cultural e contrapartida social; e descentralização.

    Ainda serão acrescidas notas de bonificação, pontuando propostas que abordem manifestações e temáticas de grupos menorizados; diversidade da equipe básica, que abrange pessoa com deficiência (PcD), diversidade étnica, mulheres, e LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer, interssexuais, assexuais, pansexuais, além de demais orientações sexuais e identidades de gênero); e se o proponente responsável pertence a grupo menorizado.

    Para auxílio aos interessados, a Secult disponibiliza atendimento presencial nos núcleos de Orientação Cultural (NOC) Cidade do Saber, localizada na Rua do Telégrafo, s/n, bairro Natal; e Arembepe, situado na galeria Arembepe Centro Empresarial, sala 1, térreo, no Loteamento Vilarejo, que encontra-se à direita da entrada principal da localidade, em frente ao Posto de Informações Turísticas Nidinho; além dos centros culturais Vila de Abrantes, que fica na Rua da Matriz, s/n; e Barra do Pojuca, na Rua Filogonio Gomes de Oliveira, s/n. Os equipamentos funcionam de segunda a sexta, das 9h às 17h.

    Outras informações podem ser obtidas no edital e anexos, que estão disponíveis no Portal da Secult neste link. Para detalhes complementares, os interessados podem entrar em contato pelo endereço de e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. ou através do telefone (71) 3644-9824.

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