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Quarta, 24 Fevereiro 2021 20:13

Bahia recebe 129 mil doses da vacina de Oxford

Após atrasos na entrega, mais doses de vacina desembarcaram no final da manhã desta quarta-feira (24) em Salvador. Chegaram à base do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), no aeroporto, 129.500 doses da vacina Astrazeneca/Oxford.

Segundo informações da Secretaria estadual da Saúde (Sesab), outras 79.500 doses da vacina Coronavac devem chegar no final do dia - a previsão é de desembarque às 21h20.

A subsecretária de Saúde, Tereza Paim, o lote que chegou é menor do que estava previsto pelo Ministério da Saúde. Agora, as doses serão distribuídas pelo estado.

A equipe da coordenação de imunização do estado fará organização para a distribuição das doses para as centrais regionais, de onde serão encaminhadas para os municípios. "Imediatamente a gente faz a distribuição para os núcleos regionais de saúde, hoje ainda por fazer um transporte aéreo. É uma quantidade que esperávamos um pouco mais, 30% do que estava previsto pelo Ministério da Saúde", disse, em entrevista à TV Bahia.

Ainda de acordo com ela, não há previsão da chegada de um novo lote para conseguir concluir a imunização da fase 1. As vacinas que chegam hoje devem ser usadas para continuar a imunização de pessoas da primeira fase, como idosos e trabalhadores de saúde.

Vacinação
Esta é a quinta remessa de vacinas que a Bahia recebe. Com a carga desta quarta-feira (24), o estado totaliza 945.600 doses recebidas, entre Coronavac e Oxford, desde o dia 18 de janeiro, quando chegou a primeira remessa.

Com 417.396 vacinados contra o coronavírus, dos quais 69.964 receberam também a segunda dose, até as 15 horas de ontem (23), a Bahia é um dos estados com o maior número de imunizados.

 

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Nesta segunda-feira (22), Camaçari atingiu 100% de ocupação dos leitos de UTI para coronavírus. De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesau), a rede de urgência e emergência do serviço Público e privado está superlotada.

Há 42 pacientes nas UPAs e PAs aguardando uma transferência para leitos Covid; são 23 para leitos clínicos e 19 para UTIs. Atualmente, o município conta com 10 UTIs de Covid, todas lotadas.

Ainda de acordo com a Sesau, foi aberto um termo de credenciamento para contratação de mais cinco leitos clínicos, além de um chamamento público para contratação de outros 20 leitos clínicos. A expectativa do município é que, nas próximas semanas, haja um salto de 10 para 20 UTIs, e 30 leitos clínicos.

Também foi ampliado o atendimento de urgência no município, abrindo três unidades básicas de saúde nos fins de semana, das 7h às 19h, para atender pacientes sintomáticos e pequenas urgências e emergências. Apenas neste fim de semana, essas três unidades fizeram 600 atendimentos, e 95% destes eram pacientes sintomáticos de coronavírus.

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A Secretaria de Saúde (Sesau) de Camaçari emitiu uma nota às clínicas, hospitais e profissionais de saúde do município.

Confira nota na íntegra:


Considerando a Resolução CIB nº 16/2021 que aprova as recomendações aos prefeitos e secretários municipais de saúde para a vacinação contra Covid-19 em sua primeira fase e o quantitativo de doses liberadas pelo Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Saúde do Estado da Bahia – SESAB para o início da primeira etapa da campanha de vacinação no município, a Secretaria de Saúde de Camaçari através da Diretoria de Vigilância à Saúde informa que nessa etapa foram contemplados aproximadamente 60% dos trabalhadores da saúde, de acordo com a estimativa desse público alvo informada pela SESAB.

Os secretários de saúde estão orientados, através da referida resolução, de que devem seguir a estratificação do grupo prioritário “trabalhadores da saúde” respeitando a ordem definida na referida resolução. Dessa forma, seguindo tais recomendações, foram vacinados com a 1ª dose 3.596 trabalhadores de saúde. De acordo com a ordem prevista na Resolução CIB nº 16/2021, as próximas etapas incluem:

1. Clínicas/ambulatórios de especialidades (odontologia, otorrino, infectologia, pneumologia);

2. Profissionais envolvidos diretamente nos serviços funerários (transporte de cadáveres e sepultamento);

3. Clínica médica, biomédicas e similares; apoio administrativo, higienizadores e demais profissionais que atuam em laboratórios que realizam coleta e testagem COVID-19;

4. Profissionais dos serviços estratégicos de apoio para o combate a COVID-19: secretários de saúde, diretores, coordenadores, gerentes, auxiliares administrativos, almoxarifes, trabalhadores da copa e fornecimento de alimentação, trabalhadores da conservação predial e trabalhadores da limpeza;

5. Demais trabalhadores de saúde (profissionais liberais, estabelecimentos comerciais de saúde e outros locais que não tenham atividade assistencial direta a pacientes com COVID-19 ou suspeitos de COVID-19).

Os estabelecimentos de saúde devem enviar o nome da clínica, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde – CNES, além de relação nominal dos trabalhadores de saúde para o endereço de email O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo., em arquivo no formato Excel com as seguintes informações: nome completo do trabalhador, CPF, data de nascimento nome da mãe, função que exerce. Só serão vacinados os profissionais que estiverem com CNES ativo e atualizado. No ato da vacinação, os trabalhadores de saúde devem apresentar declaração (modelo anexo) devidamente assinada.

Para os estabelecimentos de saúde que necessitam atualizar o CNES, devem buscar maiores informações da Diretoria de Regulação, Controle e Avaliação da SESAU, através do número 71 3644-8307 ou e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Após a avaliação da relação nominal, os estabelecimentos receberão e-mail com informações do local e data da vacinação.

Para os profissionais envolvidos diretamente nos serviços funerários (transporte de cadáveres e sepultamento), as empresas devem enviar declaração devidamente assinada pelo empregador responsável legal, com dados de CNPJ e relação nominal contendo: nome completo do trabalhador, CPF, data de nascimento, nome da mãe e função que exerce.

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Por meio de nota à imprensa, a Prefeitura de Camaçari diz que a a partir da próxima sexta-feira (19) 05 novos leitos de UTI serão implantados no Hospital Santa Helena à serviço da população.

De acordo com a nota, também está em andamento um termo de credenciamento para contratação de mais 15 leitos COVID-19 sendo 05 UTIs e 10 leitos clínicos. E ainda nesta quarta-feira (17/2) será aberto um chamamento público para reabertura do Centro Intermediário de Enfrentamento ao Coronavirus (CIEC) com mais 20 leitos clínicos para pacientes COVID.

A novidade é que o CIEC também fará atendimento de porta aberta a pacientes sintomáticos da COVID-19. Como forma também de desafogar o atendimento desses pacientes nas unidades de pronto-atendimento.

O prefeito Elinaldo garante que continuará sem medir esforços para ajudar a população. “O sistema de saúde está tendo problemas em todo país por causa do avanço a pandemia. O problema maior é a falta de leitos para transferir os pacientes que estão em UPAs e PAs. E isso temos enfrentado aqui em Camaçari também onde, por falta de leitos de referência no Estado, temos pacientes internados na UPA aguardando uma transferência há mais de 10 dias. Vendo essa deficiência de leitos a nível estadual é que tomamos a decisão de investir na reabertura do CIEC e na ampliação de leitos UTI e clínicos COVID para dar suporte à nossa população”.

Com a concretização do termo de credenciamento e do chamamento público, Camaçari saltará dos atuais 10 leitos de UTI Covid para 20 UTIs e 30 leitos clínicos. “Esse esforço só terá efeito se a população também fizer sua parte usando máscara, álcool em gel e mantendo o distanciamento social. Sem essas medidas não há sistema de saúde que suporte. Veja que até mesmo os hospitais particulares estão com problemas de lotação de leitos. Garanto que continuaremos fazendo todo o possível enquanto poder público para dar suporte à população, mas peço também a ajuda das pessoas colocando em práticas as medidas preventivas. Pois, somente elas poderão ajudar a vencer essa pandemia”, ressalta Elias Natan, secretário de Saúde.

Após passar a pandemia, os 05 leitos de UTI e os 10 leitos clínicos que estão sendo contratados através de termo de credenciamento continuarão atendendo a população, porém como leitos de retaguarda. “Com o fechamento da urgência e emergência do HGC, precisamos garantir leitos de retaguarda para que os pacientes que são recebidos nas UPAs e PAs fiquem internados enquanto são transferidos para um hospital de referência. Com isso os leitos das UPAs e PAs ficarão sempre livres para receber paciente se com isso evitar a superlotação das unidades de urgência e emergência. Por isso, esses leitos, após sairmos do pico da pandemia se tornarão leitos de retaguarda para atender nossa população. Esse é outro grande avanço na saúde pública de nossa cidade”, destaca Elias Natan.

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A Associação de Apoio a Família e ao Meio Ambiente (AFAB), com apoio do vereador Val Estilos (Republicanos) e em parceria com a Clivan, realiza no sábado (20/02), a partir das 8h, mais um mutirão gratuito de triagem para cirurgias de glaucoma, catarata e descolamento de retina. A sede da Fundação fica na rua dos Noivos, bairro Dos 46.

Para atendimento, os interessados devem apresentar originais e cópias de documento oficial com foto, comprovante de residência e cartão do SUS. Os usuários são atendidos por ordem de chegada. As senhas são distribuídas a partir das 7h.

Referência na luta por políticas públicas de saúde, o vereador Val Estilos destacou a importância do Mutirão para a população. “Essa será a 10º edição do Mutirão e eu faço questão de incentivar ações como essa, pois vejo que a iniciativa contribui de forma efetiva para a promoção da saúde da população. Vejo que a Fundação visa garantir que todos tenham acesso aos serviços de saúde”, disse o vereador Val.

Na última edição do Mutirão, realizado no dia 23/01, foram realizados cerca de 200 atendimentos. Deste total, 121 pessoas foram encaminhadas para procedimentos cirúrgicos. Dentre as referidas cirurgias, que foram realizadas no dia 29/01, estiveram pacientes com Pterígio, Glaucoma, Catarata e com necessidade de limpeza de lentes.

Ascom AFAB Camaçari

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O Ministério da Saúde assinou na segunda-feira (15) o contrato com o Instituto Butantan para comprar mais 54 milhões de doses da vacina Coronavac. O instituto produz a vacina no Brasil, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Embora tenha confirmado a compra no fim de janeiro, o ministério ainda não tinha assinando o contrato. As novas doses se somam às 46 milhões que a pasta já comprou com o instituto, totalizando 100 milhões de doses para o governo federal.

O contrato para incluir a vacina no Plano Nacional de Vacinação já previa essa compra, com entrega até 30 de abril. Em nota, o secretário executivo da pasta, Elcio Franca, explica que a opção foi por adiantar a compra. "Preferimos adiantar a confirmação para termos logo essas 54 milhões de doses".

Além da Coronavac, o país recebe até dezembro 42,5 milhões de doses de vacinas pelo Consórcio Covax Facility. Também contratou da Fiocruz outras 222,4 milhões de doses da vacina da Oxford/Astrazeneca, que já começaram a ser entregues no mês passado.

Ainda há possibilidade de comprar mais 10 milhões de doses da Sputnik V, da Rússia, com entrega entre março e maio. No mesmo período, a Precisa Medicamento vai entregar mais de 30 milhões de doses da Covaxin.

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Quinta, 11 Fevereiro 2021 13:09

Camaçari tem 885 casos ativos da Covid – 19

De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado nesta quarta (10), pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Camaçari registra atualmente 9.555 casos da Covid-19, desses, 885 estão ativos no momento.

Segundo a Sesau, 8.516 pessoas estão curadas e, até o momento, 154 pessoas morreram com a Covid-19 no município.

Em relação ao índice de ocupação de leitos hospitalares em Camaçari, a Sesau diz que 06 pessoas se encontram hospitalizadas na rede pública de saúde e 02 estão na rede privada.

Para obter outras informações sobre a Covid-19 em Camaçari, disque 156, call center disponível todos os dias da semana, das 8 às 17h.

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A Secretaria de Saúde (Sesau) de Camaçari emitiu uma nota de esclarecimento, após denúncias sobre a UPA da Gleba A/Gravatá.

Segue nota na íntegra:

Com o intuito de esclarecer alguns fatos envolvendo a UPA da Gleba, em decorrência de denúncias que circulam nas redes sociais e alguns sites, a Secretaria de Saúde de Camaçari vem a público informar que já está tomando todas as medidas necessárias para solucionar os fatos, a começar pelas medidas jurídicas cabíveis contra a servidora que publicou nas redes sociais a Fake News sobre a falta de oxigênio na UPA.

Sobre a denúncia de atendimento misturado de pacientes suspeitos de COVID e demais pacientes, a Sesau esclarece que desde o início da pandemia foi implantado em todas as unidades de urgência e emergência um protocolo de atendimento onde, após triagem, os pacientes suspeitos de COVID são atendidos em separados dos demais pacientes. Inclusive as equipes de atendimento são separadas entre equipe COVID e atendimento normal. E assim ocorre até o presente momento.

No que se refere a demora no atendimento, após analisar os prontuários eletrônicos dos pacientes atendidos nos últimos dias, onde é possível identificar o momento que o paciente dá entrada na recepção, a triagem e o momento que o mesmo é atendido no consultório médico, verificou-se que o tempo de atendimento, de acordo com o nível de gravidade da cada paciente, está dentro do preconizado pelo Ministério da Saúde.

Sobre a superlotação de leitos a Sesau informa que há pacientes na UPA há mais de uma semana aguardando ser transferido pela Regulação do Estado para um hospital de referência e não consegue. Situação esta que se agravou desde o momento em que o Hospital Geral de Camaçari fechou a urgência e emergência e a enfermaria de leitos sem dar uma alternativa para o município. Atitude que fez com que todos os pacientes fossem para as unidades de urgência do município e piorou o tempo de espera, dos pacientes internados, por uma transferência. Acarretando assim na superlotação dos leitos devido a demora para os pacientes serem transferidos pela Central de Regulação do Estado.

Sobre os leitos para pacientes COVID, a Secretaria de Saúde informa que até o dia 18 de fevereiro ampliará de 10 para 15 o número de leitos de UTI Covid em Camaçari através do contrato de compensação da dívida do Hospital Santa Helena com o município. E também está em fase final para implantação de 10 leitos de enfermaria para pacientes COVID, também no Hospital Santa Helena.

Sobre o grande número de pessoas na recepção e frente da UPA, conforme circula em vídeos nas redes sociais, a Sesau informa que a maioria dessas pessoas são acompanhantes dos pacientes que muitas vezes chegam a unidade com duas ou três pessoas. E para evitar essa situação instalará já nesta terça-feira (09/2) um toldo com cadeiras, água e ventilação no estacionamento da UPA para que os acompanhantes possam ficar. Onde, somente os pacientes poderão aguardar na recepção da unidade.

A Sesau reitera todo o esforço para garantir o atendimento à população de Camaçari.

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Após suspender a vacinação contra a Covid-19 em decorrência das doses recebidas terem se esgotado, neste domingo (7/2), Camaçari recebeu mais 900 doses da Coronavac. O secretário da Saúde, Elias Natan, esteve pessoalmente no almoxarifado central da prefeitura para conferir a chegada das imunizações.

Com base na quantidade recebida e na determinação da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), a vacinação retorna nesta segunda-feira (8/2) em profissionais de saúde que trabalham em hospitais e idosos acamados acima de 80 anos.

Os demais idosos serão vacinados por ordem decrescente conforme orientação da Sesab. “Ainda nesta segunda informaremos aos demais idosos dessa fase 1 como a vacinação continuará”, explica Elias Natan.

 

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Um surto de Candida auris, superfungo que foi identificado no Brasil em dezembro do ano passado, atingiu o Hospital da Bahia, onde 11 pacientes foram diagnosticados com a infecção por esse microorganismo, que é resistente à maioria dos tratamentos existentes. Ainda não existe relato de doentes contaminados em outros locais do país, segundo informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A confirmação dos casos no Hospital da Bahia foi feita pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), que liderou a investigação na unidade de saúde, onde foi identificada a primeira infecção, tornada pública em 7 de dezembro de 2020. Na época, o nome da instituição não tinha sido divulgado, mas o CORREIO apurou que o primeiro caso aconteceu no Hospital da Bahia, em um paciente de 59 anos em tratamento de diálise. A vítima estava internada por covid-19.

Dessa vez, foi a própria Anvisa que confirmou a presença do superfungo no hospital. “Se trata de um surto sim, pois são os primeiros casos identificados de Candida auris no Hospital da Bahia e no país. Para fins de esclarecimento, os casos estão localizados na cidade de Salvador”, diz a Anvisa, em nota.

Durante a investigação no hospital, outros 10 pacientes foram identificados com o superfungo, o que aumentou o número de contaminados para 11. Todos sobreviveram à infecção. Mesmo assim, a presença do C. auris preocupa autoridades de saúde. Afinal, o organismo é resistente a quase todas as medicações existentes e em alguns locais do mundo tem taxa de mortalidade que chega a 60%.

O superfungo é capaz de causar infecção na corrente sanguínea, pode provocar feridas e é especialmente fatal em pacientes com comorbidades. Ele preocupa também porque fica impregnado no ambiente por longos períodos — de semanas a meses — e resiste até aos mais potentes desinfetantes. Pela dificuldade de eliminação e por ser confundido com outras duas espécies, o que demora na identificação, o C. auris tem propensão a gerar surtos.

Visita hospitalar

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), da Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) também participou da investigação do surto de Candida auris. Técnicos da entidade visitaram a unidade hospitalar atingida.

“Foram formados três grupos de trabalho. O primeiro, analisando a pesquisa em prontuário. O segundo, avaliando a assistência farmacêutica e informações sobre o produto para saúde (cateter) e o terceiro, avaliando todos os processos da unidade hospitalar relacionados a controle de infecção”, explicou a Sesab, em nota.

Foram realizadas ainda coletas de material para análise laboratorial de todos os contatos do primeiro caso e dos ambientes em que esse paciente circulou pelas alas hospitalares. “A investigação permitiu o isolamento dos pacientes e uma série de recomendações da Anvisa para a desinfecção hospitalar, para impedir a proliferação do fungo. No momento, estamos em acompanhamento e monitoramento, para garantir o cumprimento das recomendações de desinfecção realizadas pelo hospital para evitar a ocorrência de novos casos”, acrescenta a nota da Sesab.

O órgão estadual ainda destacou que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital da Bahia adota as medidas preventivas, dispõe de protocolos e oferece treinamentos de implementação. “Além disso, observou-se que as medidas recomendadas de precaução e isolamento estão sendo aplicadas neste momento. Deve-se manter a vigilância ativa, realizando as culturas de vigilância de forma periódica para análise da contenção do fungo a nível hospitalar”, conclui o texto da Sesab.

O CORREIO entrou em contato com o Hospital da Bahia, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem, às 23h desta terça-feira, 26.

Infectologista diz que chegada do fungo do Brasil era esperada

O médico infectologista Matheus Todt, da S.O.S Vida, diz que o aumento de casos de infecção pelo superfungo Candida auris em menos de dois meses já era algo esperado. “Esse dado evidencia um surto desse fungo dentro de um hospital brasileiro. Não é um surto na cidade de Salvador. Mas era fato que a Candida iria chegar ao Brasil. Agora é preciso ter cuidado para que ele não seja levado a outro hospital, gerando mais surtos”, explicou.

Não se sabe a origem do superfungo, mas ele foi descrito originalmente em 2009, em países do continente asiático, como Coreia do Sul e Japão. Desde então, já houve casos na Índia, África do Sul, Venezuela, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Paquistão, Quênia, Kuwait, Reino Unido e Espanha. Seus principais alvos são os pacientes já debilitados nos hospitais.

“É um problema de hospital e associado a problemas hospitalares complexos, que precisam de procedimentos invasivos. Sua principal forma de transmissão são as mãos contaminadas. Mas eles são fungos oportunistas, que não atacam pessoas saudáveis. Por isso é mais comum em hospitais, com pessoas já doentes. É uma infecção hospitalar”, destaca Todt.

Segundo o médico, não existe registro desse fungo debilitando e matando pessoas em casa. No próprio Hospital da Bahia, nenhuma das 11 pessoas contaminadas morreu, segundo a Sesab, mesmo com a alta taxa de letalidade do fungo. “Isso indica que as pessoas contaminadas estavam mais saudáveis. Os que falecem normalmente já estão em estado grave, com muita comorbidade, e ao pegar esse fungo, que é difícil de tratar, não resiste”, acrescenta o médico.

Ainda segundo o infectologista, o superfungo age alcançando a corrente sanguínea e gerando uma infecção generalizada. “Há queda da pressão, comprometimento respiratório e renal. Isso tudo pensando num paciente já grave, que pode evoluir a óbito. Não causa lesão externa e por isso é também difícil de ser identificado”, diz.

Uma vez identificado, não há um tratamento padrão para esse superfungo. A Anvisa recomenda que o tratamento seja definido pelo corpo clínico e, para essa definição, seja importante conhecer o perfil de sensibilidade e resistência da cepa identificada nas amostras de cada paciente.

A Anvisa classifica o Candida auris como um fungo emergente que representa uma séria ameaça à saúde pública. Entenda:

*Ele apresenta resistência a vários medicamentos antifúngicos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Algumas cepas são resistentes a todas as três principais classes de fármacos antifúngicos (polienos, azóis e equinocandinas);

*Pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com comorbidades;

*A identificação desse fungo requer métodos laboratoriais específicos, uma vez que a Candida auris pode ser facilmente confundida com outras espécies, tais como Candida haemulonii e Saccharomyces cerevisiae;

*Pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes, entre os quais, os que são à base de quartenário de amônio;

*Tem propensão em causar surtos em decorrência da dificuldade de identificação pelos métodos laboratoriais rotineiros e de sua eliminação do ambiente contaminado.


Fonte: Correio24horas

 

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